12 de janeiro de 2010

Medo

Tenho medo do amor e de não saber amar, medo de fazer alguém sofrer por amor, medo de sofrer por amor. Medo de pedir, medo do silêncio, de uma sombra que o temor não se coíbe, de armadilha que pegou o amor, das pessoas e dos resíduos sólidos. Medo da vida e medo de morrer, de sorri e de chorar, de ganhar e de perder, de arriscar e de parar, medo de falar e de ouvir. Medo de olhar no fundo, dobrar a esquina, de ficar no escuro, de ficar sozinha, de perder alguém que amo, medo de jogar e perder. Medo que dá medo. O medo é medonho, o medo domina, o medo é a medida da indecisão, o medo é a alavanca que transformou a vida, é uma rachadura que se alargou a dor, é uma linha de separação do mundo, é uma força que não me deixa andar, medo é uma chave que apaga a vida. Medo é um sentimento que todos temos, em exagero pode machucar, deixar maluco, mas também ajuda a prevenir e seguir um caminho oposto do perigo, ajuda a ser forte e combater o perigo. Medo é um mal necessário.

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